terça-feira, 24 de maio de 2011

As facetas do PDCA

Certamente você já ouviu falar na famosa ferramenta da qualidade criada pelo professor Deming na década de 1950, conhecida como PDCA (do inglês Plan, Do, Check and Act). Uma ferramenta orientada a melhoria contínua que se faz presente no gerenciamento de uma infinidade de organizações. Se ainda não ouviu ou conhece pouco, aproveite para se aprofundar neste conceito e desfrutar dos benéficos que ela pode trazer para sua vida.








Bom, mas a intenção deste post não é falar sobre o PDCA em si, mas sim de algumas “versões” que esta sigla vem acumulando principalmente no mundo empresarial. Apresentaremos aqui algumas delas e cabe a você, caro leitor, ter um olhar mais crítico em relação ao seu contexto social a profissional.


PDCA (Please Don’t Change Anything): Que em bom português significa Por favor, não mude nada, reflete a visão de alguns profissionais que encaram uma idéia, um projeto, um relatório, ou qualquer outra coisa, muitas vezes de própria autoria, como imutáveis, intocáveis e quase que a mais perfeita expressão do estado da arte. Gosto de uma frase estampada no meu calendário que diz: “Se mudar de idéia fosse ruim, a roda ainda seria quadrada”. Não é de hoje que o ambiente de negócios dominante nos faz respirar mudanças, riscos e incerteza, refletida em ciclos de vida de produto e de cliente cada vez mais curta, jovem da geração Y mudando de emprego em uma velocidade absurda, dentre outras evidências. Parece clichê, mas mentes engessadas não têm lugar em ambientes de competição. Em outros ambientes talvez, infelizmente. Prefira usar o tradicional PDCA para melhorar suas rotinas, seus projetos e seus resultados.


PDCA (Promete Depois Corre Atrás): “Neste mês vamos ter um resultado espetacular!”. Quem nunca ouviu esta convicta afirmação, principalmente da galera do setor comercial? Você não precisa fazer um MBA no exterior para aprender que para melhorar seu resultado você deve cortar custos ou aumentar sua receita ou ambos. Tomando como base sua vida pessoal é fácil notar que dobrar seu salário não é uma tarefa muito simples de se fazer, mas cortar custos pode ser algo mais viável. Grandes gestores, com os quais tenho tido contato ou até trabalhado, têm uma memória de elefante. É impressionante! Prometer um resultado no calor de uma reunião, fechar os olhos para suas deficiências e pensar que o mercado vai conspirar ao seu favor é pedir demais a Papai do Céu. Previsões realistas, desafios alcançáveis e boa política de recompensas têm o poder de motivar equipes. Promoter demais e fazer de menos faz mal ao bolso. Portanto, muito cuidado para não correr o risco de se queimar com aqueles que têm a tocha nas mãos, ou seja, Uzômi.


PDCA (Pare De Chamar a Atenção!): Pessoas que apenas aprenderam a conjugar a primeira pessoa do singular, pessoas que naturalmente reclamam antes de pensar, pessoas que extrapolam seus limites e consequentemente invadem o limite de outra(s) pessoa(s) representam o tipo clássico de pessoa que chama a atenção negativamente. Quando alguém pergunta como você está, você não necessariamente precisa desabafar, pois muitas vezes esta pessoa não está nem aí para os seus problemas. Se você se enxerga em alguma dessas situações ou outras do gênero, saiba que este comportamento vai aos poucos criando um estigma, uma caricatura sobre sua pessoa, o que sem dúvida influencia sua vida social, seu projeto de carreira dentro de uma organização e até fora dela. A sua imagem taxada disso ou daquilo transpõe facilmente as barreiras da empresa na qual você trabalha e o poder das redes sociais potencializa esse processo. Seria esta uma forma de Bullying organizacional? Na dúvida, use o PDCA original para virar a mesa!



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Escreva seu comentário!