domingo, 14 de março de 2010

No meio do caminho tinha uma pedra

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A maioria esmagadora dos estudantes ou profissionais que estão no início de carreira sonha em trabalhar para uma grande corporação, cultivando bons salários e benefícios. Um destes benefícios que fazer brilhar os olhos de muitos profissionais é a oportunidade de desenvolver carreira no exterior, ou seja, em uma unidade internacional da empresa para a qual você trabalha. Não faltam vantagens para descrever o impacto que uma experiência internacional pode agregar na sua carreira, pois o contato com uma nova cultura, a flexibilidade necessária para se trabalhar com pessoas totalmente diferentes de você, o bônus salarial atrelado à condição de “expatriado” e até mesmo o aumento do seu valor de mercado como profissional, despertando, inclusive, a cobiça de outras empresas em contratá-lo.
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Há também vantagens para as empresas internacionalizadas que incluem a gestão de expatriados em sua política de recursos humanos. Em termos gerais, podemos dizer que o expatriado é uma forma eficiente de implantar a cultura organizacional e o conhecimento técnico dos processos do negócio na unidade internacional (considerando que esta pode ser uma nova unidade a ser construída ou uma empresa adquirida). Além disso, a lealdade que a empresa espera do seu expatriado faz como que este funcione como uma ponte entre a unidade internacional e a matriz, facilitando o processo de controle e tomada de decisão. Outro fator a destacar é a capacidade gerencial do expatriado, geralmente um profissional experiente, o qual talvez não seja encontrado com facilidade no mercado estrangeiro no qual vai a empresa vai operar. No Brasil, esta oportunidade pode ser encontrada em várias empresas como, por exemplo, a Vale, Itaú, Gerdau, Marcopolo e Odebrecht.
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Ao agarrar com unhas e dentes este desafio a você confiado (veja bem, a você CONFIADO), tenha certeza de que já estão definidas expectativas sobre o seu nível de desempenho e o grau de retorno que este investimento vai trazer para a empresa. Portanto, livre-se de tudo aquilo que possa atrapalhar o seu desempenho ou te tirar do foco de sua missão. Avalie as seguintes situações:
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· Dificuldade em adaptar-se ao novo país, em termos de cultura, clima ou qualidade de vida;
· Dificuldades familiares (também muito crítica) no que diz respeito a filhos ou cônjuge;
· Falha no planejamento da sua missão por parte da empresa (tempo despendido, custos da missão ou programa de treinamento inadequado)
· Falha do RH durante o processo de seleção (seu perfil é inadequado e seu desempenho está aquém do esperado).
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Para diminuir o risco de insucesso de sua missão, é fundamental entender previamente o estilo de negociação do país de destino, facilidade com a língua do país acelera o processo de contratação, negociação e estudo de mercado e a dispor de uma rede social no país de destino pode servir como catalisador neste processo de adaptação. Entre em contato com outros profissionais que viveram algum tempo com expatriado e até mesmo visite o país de destino, com sua família, antes do embarque oficial. Afinal, vale a pena sentir o cheiro da nova casa antes de receber a chave.

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