Diferentemente do que indica ou influencia o título deste post, ele não é voltado apenas para os Administradores, mas para todos nós que vivemos neste planeta denominado Terra.
Sempre gostei de ler e prestar atenção em palestras, artigos e livros que falem de sustentabilidade, preservação do meio ambiente, responsabilidade social e outras coisas que nos fazem pensar em como poderíamos melhorar o mundo no futuro. Achei o vídeo da Annie Leonard (The Story of Stuff) simplesmente fantástico, e com certeza muitos empresários que o viram, começaram a pensar (diga-se repensar) no processo de produção de sua empresa, e no impacto que ela gera na sociedade. Realmente comecei a pensar em como essas grandes empresas, que visam geralmente o lucro, precisavam fazer alguma coisa a mais para cuidar do nosso planeta, mas não foi isso que me fez pensar e escrever este texto.
Estava eu em casa, às 22h descansando, quando comecei a prestar atenção em um novo programa que estreava na TV aberta – A LIGA. Com uma divulgação não tão impactante de sua estréia, creio que muitos nem sabiam que ele iria estrear neste dia, só começaram a prestar atenção neste programa assistindo-o, assim como eu. Claro que para o primeiro episódio eles escolheriam um tema bastante polêmico capaz de fazer as pessoas prestarem atenção: a vida nas ruas! E aos poucos fui percebendo as dificuldades que aquelas pessoas passavam em seu dia a dia. A idéia do colocar um repórter para passar 24h vivendo na pele o que aquelas pessoas viviam não é nova, mas foi apresentada de uma maneira bem realista, capaz de me fazer pensar em algo maior: Porque que isso acontece? Será que realmente fazemos de tudo para ajudar o nosso próximo?
Estava eu em casa, às 22h descansando, quando comecei a prestar atenção em um novo programa que estreava na TV aberta – A LIGA. Com uma divulgação não tão impactante de sua estréia, creio que muitos nem sabiam que ele iria estrear neste dia, só começaram a prestar atenção neste programa assistindo-o, assim como eu. Claro que para o primeiro episódio eles escolheriam um tema bastante polêmico capaz de fazer as pessoas prestarem atenção: a vida nas ruas! E aos poucos fui percebendo as dificuldades que aquelas pessoas passavam em seu dia a dia. A idéia do colocar um repórter para passar 24h vivendo na pele o que aquelas pessoas viviam não é nova, mas foi apresentada de uma maneira bem realista, capaz de me fazer pensar em algo maior: Porque que isso acontece? Será que realmente fazemos de tudo para ajudar o nosso próximo?
Passei praticamente a semana inteira com este programa na cabeça, com as imagens e os sentimentos vividos por crianças, famílias, idosos... A batalha pela sobrevivência diária, o real valor de um pão, de um cobertor, ou simplesmente a atenção e o carinho de um desconhecido! Quantas pessoas dizem um não por dizer, negando uma esmola ou comida, ou até fingem que essas pessoas não existem, ou que este mundo é um universo totalmente diferente do que eles vivem, chegando a tratar essas pessoas como se fossem animais... Muitos de nós já presenciamos alguma cena forte de alguém esnobe com algum morador de rua. Alguns dados do Ministério de Desenvolvimento Social assuntam: Existem aproximadamente 32.000 pessoas em 71 cidades que vivem nas ruas, lembrando que quase um terço dessas pessoas vive na cidade de São Paulo. E para piorar a situação, esta semana aparecem 6 dessas pessoas mortas, brutalmente assassinadas! Apenas 2 foram reconhecidos, e apenas um sobrevivente desta chacina. Pela barbaridade, este caso foi um dos poucos que apareceu na mídia, e quantos casos existem por aí que nem sequer tomamos conhecimento? Será que realmente não podemos fazer nada? Dar uma atenção? Um momento de sua vida para ajudar o próximo necessitado?
Lembro que na época de Universidade, na recepção dos novos estudantes eu contava uma história mais ou menos assim:
‘‘Um empresário chega a uma empresa para fechar um grande negócio e estaciona seu carro em uma rua próxima à mesma, onde lá estava um menino de rua que o abordou e pediu um trocado. Como o empresário estava feliz, pois estava prestes a fechar um grande negócio passou a mão na cabeça do moleque e falou: - Garoto, eu estou um pouco atrasado para uma reunião importante e estou sem trocado no momento. Quando eu voltar, se eu tiver algum trocado eu te dou.
Lembro que na época de Universidade, na recepção dos novos estudantes eu contava uma história mais ou menos assim:
‘‘Um empresário chega a uma empresa para fechar um grande negócio e estaciona seu carro em uma rua próxima à mesma, onde lá estava um menino de rua que o abordou e pediu um trocado. Como o empresário estava feliz, pois estava prestes a fechar um grande negócio passou a mão na cabeça do moleque e falou: - Garoto, eu estou um pouco atrasado para uma reunião importante e estou sem trocado no momento. Quando eu voltar, se eu tiver algum trocado eu te dou.
Duas horas depois, volta o empresário todo emburrado, realmente chateado, pois não havia conseguido fechar o negócio, que geraria em uma perda financeira bastante significativa. Resmungando durante todo o caminho, e ao se aproximar do carro avistou o garoto, que veio novamente em sua direção. Antes de o menino falar alguma coisa, o empresário foi logo falando asperamente: - Eu já não te falei que eu não tinha trocado? Em todo canto que estaciono é assim, sempre tem alguém pedindo dinheiro. No lugar de pedir, porque você não vai estudar e tentar ser alguém na vida. Só vive pedindo e pedindo! Ao abrir a porta do carro, e depois de todo este desabafo, o menino com os olhos cheios de lágrimas olhou para o empresário e falou com a voz embargada: - Eu não ia pedir dinheiro não tio, só queria que o Sr. passasse a mão na minha cabeça de novo...
E desta forma eu tentava passar que teríamos que fazer alguma coisa a mais. Não só dar por dar, ou simplesmente tirar um valor mensal e achar que está resolvendo o problema do mundo. O mundo precisa de mais atenção, de mais carinho, de mais administradores sociais. Pessoas que não visam só o lucro, mas o bem estar de seu próximo também. Se as empresas estão começando a fazer alguma coisa com a responsabilidade social de suas empresas, que tal cada um de nós fazermos alguma coisa? Criar uma responsabilidade social pessoal. Lembro que perto do final do programa (A LIGA), uma pessoa ajudou o repórter que se fingia passar por mendigo, quando o mesmo lhe pediu uma esmola, ele perguntou se ele estava com fome, e assim acabou pagando o almoço do mendigo / repórter. Quando perguntado o porquê ele estava fazendo isso, ele falou que já tinha vivido algo parecido, quando usava drogas, e sabia das dificuldades que ele estava passando. Um gesto simples, que não mudou o mundo, mas que com certeza fez uma pessoa feliz. Matou a fome de alguém, a fome que mata diversas pessoas no mundo todos os dias. Aquele gesto foi uma responsabilidade com o próximo, sem esperar nada em troca, sem marketing ou incentivo fiscal. Ajudar pelo simples fato de ajudar. São nessas pessoas que precisamos nos espelhar, são com essas pessoas que precisamos aprender. São essas pessoas que deviam “administrar” o mundo, e aí sim, quem sabe, poderíamos viver em um mundo melhor...
E desta forma eu tentava passar que teríamos que fazer alguma coisa a mais. Não só dar por dar, ou simplesmente tirar um valor mensal e achar que está resolvendo o problema do mundo. O mundo precisa de mais atenção, de mais carinho, de mais administradores sociais. Pessoas que não visam só o lucro, mas o bem estar de seu próximo também. Se as empresas estão começando a fazer alguma coisa com a responsabilidade social de suas empresas, que tal cada um de nós fazermos alguma coisa? Criar uma responsabilidade social pessoal. Lembro que perto do final do programa (A LIGA), uma pessoa ajudou o repórter que se fingia passar por mendigo, quando o mesmo lhe pediu uma esmola, ele perguntou se ele estava com fome, e assim acabou pagando o almoço do mendigo / repórter. Quando perguntado o porquê ele estava fazendo isso, ele falou que já tinha vivido algo parecido, quando usava drogas, e sabia das dificuldades que ele estava passando. Um gesto simples, que não mudou o mundo, mas que com certeza fez uma pessoa feliz. Matou a fome de alguém, a fome que mata diversas pessoas no mundo todos os dias. Aquele gesto foi uma responsabilidade com o próximo, sem esperar nada em troca, sem marketing ou incentivo fiscal. Ajudar pelo simples fato de ajudar. São nessas pessoas que precisamos nos espelhar, são com essas pessoas que precisamos aprender. São essas pessoas que deviam “administrar” o mundo, e aí sim, quem sabe, poderíamos viver em um mundo melhor...
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