terça-feira, 20 de julho de 2010

Disney: Erros, Acertos e Gestão

Por Mariana Monteiro


(Para leitura rápida, siga para o ponto "O que aprendemos com a Disney" )

Domingo a Disneyland fez 55 anos. Que ótimo, você já sabe o quanto a Disney é maravilhosa e lucrou US$ 844 milhões em um trimestre, e daí? E daí que a sua empresa não tem que se espelhar na Disney porque todo mundo adora, mas sim porque você precisa perceber, se identificar e aprender o que a Disney faz para superar seus desafios como uma empresa global. Tendo Steve Jobs (Apple) como um de seus maiores acionistas com certeza tem muito o que ensinar. Vamos aos pontos:


a) Responsabilidade
Cheguei na Disney contando quantos minutos demorei na fila, quantas rachaduras eu vi, conferindo se os postes são mesmo pintados todos os dias, se as pessoas apontavam mesmo com os dois dedos e quase morri de felicidade quando vi uma embalagem de salgadinho no chão, no meio da Adventureland - Piratas do Caribe. Não que eu quisesse achar uma falha na Disney para criticar por mal, mas, entenda, se fazem uma propaganda de que a sua empresa é a melhor do mundo, engano seu se acha que as pessoas não esperam exatamente isto e assim cobrarão como reação natural e automática. "Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades" Ah, essa frase é Sony, não Disney, mas coube.

A proibição da Rússia para exibição de filmes Disney no país devido a suas atividades anti-comunistas, Críticos sugerindo que nos filmes há símbolos sexuais que destroem os valores cristão, Angelina Jolie atentando para o fato de que não há princesas negras e alguns moradores do Rio de Janeiro implicando porque não puderam ir à praia de Copabana no dia em a Disney fez uma Parada previamente comunicada ano passado. Todos mantém os olhos atentos nas empresas, seja por implicância ou por motivos mais do que justos (A Parmalat e a soda cáustica que o digam).

b) Problemas
O patrão de Walt Disney passou a perna nele roubando sua primeira criação para desenho (Oswald, the Rabbit), A Disney passou pela 2° Guerra Mundial que quase que levou a empresa à falência, o Circo da Disney foi um fracasso e fechou, a Disney Paris começou dando prejuízo, brigas que aconteceram entre os atuais CEOs e os criadores da Disney, são alguns dos incontáveis problemas que cercam o Magic Kindom. E como fazer as pessoas trabalharem sempre motivadas e felizes? A Disney é mundialmente conhecida como impossível de reproduzir sua fantástica cultura de apaixonados, mas o próprio Walt Disney já foi acusado de se desmotivar algumas vezes, e demitir membros do Elenco (como chamam seus funcionários) quando não estava mais empolgado com eles.
O que aprendemos com a Disney:
Patente: Não passe o que ele passou com Oswald, the Rabbit. Seu Mickey Mouse que vai salvar a pátria pode nunca aparecer. (Stephen Schochet)

Faça produtos atemporais: Pinocchio, Fantasia e Bambi quase não saiam por causa da 2ª Guerra, depois viraram um sucesso e até hoje são explorados pela Disney nos parques, nos produtos e garantem que seu público que avançou na idade continue apaixonado pela empresa. (Stephen Schochet)

Prometa pouco, "superfaça": Procure saber além do que traz valor para o seu cliente, porque seus concorrentes já estão buscando o que ele quer. (Daniel Gross)

Tenha foco maior no seu core business, e não em desafios e crescimento constante: Por mudar de liderança algumas vezes, o que a Disney produzia o que eles realmente queriam fazer ficava confuso internamente, o que poderia ocasionar desastres. É preciso estar claro o que a empresa faz de melhor, o que ela quer fazer, e não a aventura de buscar inovar sempre, simplesmente. (Rhoda Abrams).

É majestosamente difícil comandar uma empresa consagrada mundialmente. As dificuldades e problemas acima apresentados não tiveram a intenção de desmerecer a Disney, mas sim mostrar que todos os desafios superados por ela devem servir de exemplo a todos os empresários que não "seguem sempre em frente" (como o slogan da Disney) e não percebem o valor de criar uma cultura forte que torna real as estratégias da empresa, definidas inicialmente por um gênio e visionário que sobre suas críticas disse "Eu nunca disse que isso era arte. Isso é showbusiness, e eu sou um showman."

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