quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Será que praticamos inovação?

Por Caio Maribondo

A Fundação Nacional da Qualidade acredita que a promoção de um ambiente favorável à criatividade, experimentação e implementação de novas idéias que possam gerar um diferencial competitivo para a organização se traduz em cultura de inovação. Bom, a FNQ não está só quando se fala da importância de promover esta cultura de inovação. Nós, como empreendedores dentro de nossas organizações, temos que encontrar uma forma de materializar a oração que a FNQ vem nos ensinando. 

Dentre as várias formas de promover a cultura de inovação, quero conversar um pouco sobre a maneira como muitas empresas encontraram para deixarem seus produtos se transformarem em peças de museu. Falo do conhecido comitê de novos produtos. De uma maneira geral, é interessante que o comitê envolva um grupo multidisciplinar, com rotina definida e adequadas formas de controle (para se aprofundar neste aspecto, caro leitor, a leitura sugerida é a do Professor Vicente Falconi). Quando falo de multidisciplinar, considerem que o processo de melhoria e desenvolvimento de novos produtos merece uma pitada da visão do comercial, da produção, do setor de custos, do laboratório e, de uma maneira pertinente, os clientes.

Como melhoria e desenvolvimento de produtos e processos devem ter um caráter cíclico, que gire a partir do princípio do PDCA, sintetizei atividades básicas do comitê de produtos em um pequeno fluxo:

Se pararmos para pensar, o processo de desenvolvimento de novos produtos não envolve apenas o fundamento da cultura de inovação. É preciso pensamento sistêmico para entender o impacto no mercado e na estrutura interna. Aprendizado organizacional, pois uma idéia para se transformar em sucesso de vendas deve derrubar centenas de outras. Liderança e constância de propósitos, pois inovação deve ser encarada como rotina. Passamos também por orientação por processos e informações, visão de futuro, geração de valor, conhecimento do cliente e do mercado, valorização das pessoas, parcerias e responsabilidade social.

Temos é que institucionalizar isso como uma religião dentro de nossas organizações, pois um dos fatores que freiam a competitividade brasileira é a inovação, o número minúsculo de registro de patentes quando comparado a outros emergentes. Pessoal, isto requer disciplina, ação e compartilhamento de problemas, para assim tornar mais gigante o país que já o é pela própria natureza. 
 

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