sábado, 15 de maio de 2010

O que os consultores querem dizer com...

Por Danilo Arcanjo

 O ofício de consultoria empresarial trás muitos paradigmas de comportamento e resquícios tradicionalistas que podem produzir e sei que produzem um sentimento de algo complicado, subjetivo e quase que incompreensível tecnicamente, sobretudo com o uso de linguagens saturadas de jargões e conceitos de administração e negócios, como essas que estou utilizando.
Por isso resolvi esclarecer algumas expressões proferidas diariamente. Mas cuidado, isso não é glossário, nem dicionário.


1 - Quando dizemos “implante qualidade na sua empresa”, estamos na verdade querendo dizer:

 
Pare de trabalhar feito um doido sem chegar a resultados satisfatórios!
Quando trabalhamos feito doido, é quando temos muito que fazer de modo desorganizado, meio atrapalhado, com muitos pepino/abacaxis e outros vegetais, transformando o dia-a-dia numa salada de problemas onde a solução é deixar de resolver um problema para resolver outro e assim por diante. E depois de tudo se autodenominar um bombeiro.
 
2 - Quando dizemos que “a sua empresa precisa de estratégias competitivas”, estamos na verdade querendo dizer:
 
Não fique em cima do muro. Aponte um caminho de sucesso e vá atrás!
Ou ainda: olho no queijo, no gato, no rato, no cachorro, na barata, na validade do queijo, no local de conservação, em si mesmo, no pessoal da casa, no mercado de produção do queijo, no índice de consumo, no presunto, no pão e por aí vai!
Quando não temos estratégias, não sabemos exatamente para qual lado estamos indo, e às vezes, ficamos andando e atirando para todos os lados sem sair do lugar e sem acertar nada em cheio, porque não conhecemos o ambiente e os concorrentes e nem a si mesmos para saber o que temos capacidade ou não de buscar e como buscar.
 
3 - Quando dizemos que ”a sua empresa deve estar focada no cliente”, estamos na verdade querendo dizer:
 
Se você não cuidar do seu cliente, o seu concorrente vai cuidar e ficar com o dinheiro dele.
É como uma ameaça eminente de traição num relacionamento a dois, conquistou tem que manter para não perder. Ter atenção as necessidades, expectativas, solucionar rapidamente as reclamações, cultivar o relacionamento e marcar presença para manter o concorrente afastado.

 4 - Quando dizemos para “valorizar os colaboradores”, estamos na verdade querendo dizer:

 
Você depende mais deles do que eles de você!
Lógico que emprego e dinheiro não dão em árvores, mas a questão é que os colaboradores, funcionários, empregados, estagiários, servidores e etc., são quem geram o tal do valor agregado, o lucro, quando transformam, prestam os serviços, vendem e etc. A menos que o “dono” da empresa consiga fazer tudo sozinho, fugir das práticas de valorização das pessoas é descuidar da satisfação, motivados e dignidade das pessoas, ou seja, é pedir que façam uma “meleca” com os clientes.
 
5 – Quando dizemos que “está lhe faltando gestão dos ativos intangíveis”, estamos na verdade querendo dizer:
 
Sua empresa é mais do que você pensa!
Normalmente achamos que empresa é o prédio, sala, dono, mesas, máquinas, carros, etc. Claro que é isso tudo, também, mas não só. Ainda tem a marca, a cultura que é única no mundo, o conhecimento que é único no mundo, as informações que são únicas no mundo, ou seja, tudo o que sua empresa tem de único no mundo que é assim, sem substância física, mas que se tirar o que sobra é uma “fábrica zumbi” ou um “escritório zumbi”. E mais do que isso (OPA!) são as bases do diferencial em vendas, na produção e etc.
    
Bem, se deixar isso vai longe. Até o próximo Café com Gestão.

Um comentário:

  1. Fantástico, blogpartner! Concordo em particular com a definição de "implante qualidade na sua empresa". Significa meeesmo pare de trabalhar feito um doido e comece a medir seus reais resultados! Não adianta achar que está por cima, se não tem nada que te prove isso. Incrível como tem gente que é feliz sem medir nem o marketshare!

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