"Vá lá no Extra e veja o preço do Biscoito recheado do Roladinho. Depois quero que faça um comparativo com o nosso preço e por fim, coloque esse comparativo do lado de nossa etiqueta, com o preço de nossa mercadoria. Ah, não esqueça de colocar também uma nota fiscal do concorrente comprovando o preço da mercadoria dele."
Podemos concordar que essa tarefa é relativamente simples, não é? Um "choque de preços" é algo comum no varejo. Alicerçado na premissa de que os clientes realizam uma pesquisa antes de efetuar uma compra, as empresas se empenham em apresentar seu produto, seu preço e também o preço de seus concorrentes, com a finalidade de fechar a venda sem precisar dizer nada.
Mas, pense comigo. Você está com seu carrinho lotado, com toda a compra do mês e passa ao lado dessa etiqueta que está na foto acima.
E agora Hiper Bompreço? O que eu faço com meu carrinho lotado e essa dúvida na cabeça de que tudo que estou comprando deve está mais caro do que no Extra?
Meu caro gerente do Hiper Bompreço, a culpa desse infeliz resultado, não é de seu colaborador que fez esse trabalho horroroso. A culpa é sua que não acompanhou o resultado final do trabalho. Isso é por causa da sua super confiança de que o resultado final já está garantido ao enviar uma ordem para alguém. Reflita nisso ou não, mas uma coisa é certa, amanhã ou depois outra foto com erros seus e de sua equipe estarão sendo compartilhadas nas redes sociais.
Ei, psiu! Pessoal do Extra. Não esqueci de sua falta de acompanhamento "Top of mind" do ano passado, viu?
"Nós pesquisamos e provamos que temos o melhor preço"
ResponderExcluirRealmente, a má execução da estratégia não só provou que a pesquisa não houve ou não foi bem feita como ainda gerou o efeito oposto no cliente. Onde era pra existir satisfação, houve insatisfação em estar sendo enganado.
No entanto, a propaganda de marketing divulgada aconselha a mostrar a nota fiscal de outro supermercado no caixa e eles cobrirem a oferta. Seria, então, uma solução para corrigir o erro deles e não terminar o dia se sentindo prejudicado.
Nesses inúmeros problemas de execução que encontramos em grandes marcas de supermercado, o critério para não se sentir lesado, seria o cliente estar sempre atento à sua compra. Já duas ocorrências no Pão de Açúcar, quase levaram Longo a pagar pelo triplo do preço que estava indicado nas etiquetas, simplesmente por não haver a conferência do preço no momento que o caixa contabilizava o produto.
É triste admitir, mas falhas na percepção humana por parte dos clientes (não olhar validade de produtos em promoção, não perceber diferença de preços no indicado pela etiqueta e na nota fiscal, ou no exemplo abordado acima), acaba sendo a grande estratégia de venda dos supermercados.